Pigossi diz que é chamado de 'sangue bom' na rua e brinca: 'Estou namorando o Bento'

Marco Pigossi conta que tem sido chamado de “sangue bom” na rua por gente que jura que é este o nome de seu personagem na história criada por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari para a faixa das 19h da Globo.
— As pessoas gritam “Ô, sangue bom!” e acham que a novela ganhou esse título por causa do meu personagem (o florista Bento) — conta ele, aos risos.
O carinho que o protagonista tem despertado desde a estreia da novela, em abril, aparece em um levantamento recente da Central de Atendimento ao Telespectador (CAT) da emissora. Os noveleiros dizem que estavam com saudade de ver o ator nos folhetins, que acham linda a história de Bento com Amora (Sophie Charlotte), sua colega de orfanato, e que o florista é muito “boa gente” na trama.
Disputado por três beldades — Malu (Fernanda Vasconcellos), Amora e Giane (Isabelle Drummond), com as quais segue a lógica expressa por Carlos Drummond de Andrade no poema “Quadrilha” —, ele não revela sua torcida.
— Bento ficará nesse vai-não-vai com Amora, enquanto descobre que divide os mesmo ideais com Malu. Ao mesmo tempo, nutre um amor fraternal por Giane. É difícil torcer, não quero me apegar a uma ou a outra, até porque não sei para onde a trama vai. Em ‘Caras e bocas’ (2009), eu fazia um personagem completamente gay que acabou se apaixonando por uma mulher sexagenária (Maria Zilda). Não dá para prever.
Cássio, o homossexual afetado do bordão “Tô rosa chiclete!”, aliás, foi o primeiro papel de destaque do ator na televisão. Seguiram-se outros tipos caricatos: o mau-caráter Pedro em “Ti-ti-ti”; o malandro Rafa de “Fina estampa”; e o virgem Juvenal de “Gabriela”. Agora, pela primeira vez, Pigossi vem sentindo o peso do simples.
— Bento não tem máscara forte, é muito próximo do que eu sou. Não me dei bem com iPad, sou meio desconectado como ele, que tem a serenidade daqueles que precisam esperar três meses para um botão florescer. E isso é muito mais difícil. Eu me policio para que não se torne um chato ou uma vítima — analisa.
Depois de um workshop em Holambra (SP), Pigossi ficou desesperado ao saber que as flores seriam descartadas. Levou orquídeas, açucenas e amores-perfeitos para suas casas no Rio e em São Paulo para compor o que ele chama de “Jardim do Bento”. É lá que estuda seus textos.
— O personagem foi escrito para mim. É o papel mais importante da minha carreira.
Sobre sua vida pessoal, ele brinca:
- Estou solteiro, namorando o Bento.

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