Marco Pigossi: “Gosto de criar um personagem do zero”



Interpretar tipos diferentes na tevê é o desejo da maioria dos atores. Apesar do pouco tempo no veículo, Marco Pigossi vem conseguindo mostrar sua versatilidade em cena. No ar como o bom moço Juvenal no remake de Gabriela, o ator teve seu primeiro papel de destaque como o escandaloso gay Cássio em Caras & Bocas, exibida em 2009 na Globo, engrenou no mulherengo Pedro de Ti-Ti-Ti, de 2010, e viveu o ambíguo Rafael em Fina Estampa, que foi ao ar em 2011.
 "O teatro me traz conhecimento e material para construir personagens completamente diferentes e verdadeiros", justifica o ator, que concilia as gravações de Gabriela com a peça O Auto da Compadecida, onde vive o malandro Chicó.
Na trama adaptada por Walcyr Carrasco, Marco interpreta um homem romântico e um dos poucos que não frequentam o Bataclã, bordel da história.
"As mulheres brincam nas ruas dizendo que querem um Juvenal só para elas", conta, aos risos.
Para viver o personagem baseado em Gabriela, Cravo e Canela, livro de Jorge Amado, o ator optou por não assistir à primeira versão do folhetim, exibida em 1975, na Globo.
"Acho que a nossa Gabriela é outra obra, sob outros pontos de vista. Gosto de criar um personagem do zero. Se assistisse à primeira versão, talvez ficasse preso na atuação", explica ele, que leu o original de Jorge Amado aos 15 anos. "Como sempre digo, as melhores histórias e os melhores personagens estão nos livros", opina.
Marco optou pela carreira de ator ainda bem jovem, aos 13 anos. Começou no teatro e, em 2003, aos 14 anos, passou em seu primeiro teste para a televisão. Apesar disso, não chegou a estrear no veículo.
"Estava tudo confirmado para eu estar na versão brasileira de Rebelde, que seria produzida pelo SBT. Mas, de uma hora para outra, a emissora resolveu arquivar o projeto. Não entendi nada", lembra.
Mesmo com a experiência negativa, o ator acabou insistindo nos testes e conquistou seu primeiro personagem na televisão, o revolucionário Dráusio da minissérie Um Só Coração, exibida em 2004,  na Globo, que celebrou os 450 anos de São Paulo.
"Foi uma participação, mas ali tive meu primeiro contato com as câmaras e os bastidores de uma produção televisiva. Eu era cria do teatro e não tinha muita ideia daquilo", conta.
A partir desse personagem, Marco colecionou pequenas participações em produções como Eterna Magia, de 2007, e Queridos Amigos, de 2008, até engrenar em seu papel de maior repercussão, o homossexual Cássio de Caras & Bocas.
"Foi uma brincadeira muito gostosa. As crianças, principalmente, adoravam o Cássio e seus bordões tipo 'fiquei rosa chiclete' ", recorda.
Com a aproximação do fim de Gabriela, Marco já tem novos planos profissionais. O ator começa a ensaiar a peça O Olho Azul da Falecida, com texto de Joe Orton.
"Essa é a minha primeira produção no teatro. Estou ansioso para começarmos a trabalhar nela", explica. Já para a tevê, o ator ainda não tem nenhuma produção confirmada. "Mas, se surgir algo, concilio com a peça. O importante é que não quero parar", deseja.
Fonte: O Fuxico.

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