Marco Pigossi será Chicó no teatro em ‘O auto da compadecida’, papel que foi de Selton Mello no cinema

Nem bem descansou desde que deixou “Fina estampa”, Marco Pigossi, que foi o Rafa na última novela das nove, já está com praticamente os dois pés no palco. E nada de personagem fácil pela frente. A partir de sexta-feira, o ator dará vida, no Teatro Fashion Mall, a Chicó, de “O auto da Compadecida”, personagem marcado na memória de todo mundo na pele de Selton Mello na versão para os cinemas do texto de Ariano Suassuna.

— Acho que o filme marcou muito. Inclusive a atuação do Selton e do Matheus (Nachtergaele, que fez João Grilo; na peça, o papel será de Gláucia Rodrigues). Quando me chamaram para interpretar Chicó, eu pensei nisso. Fui conversar com amigos e todos me disseram para não fazer. Exatamente por isso resolvi encarar (risos)! Não me preocupo com as comparações, são dois veículos diferentes — diz Pigossi, que é só elogios a Selton: — Ele é um ator completo, que eu admiro e respeito muito.

O ator garante, no entanto, que seu Chicó não tem a ver com o de Selton e explica que a versão para os palcos de “O auto da Compadecida” será diferente da das telas, conhecida do grande público:

— O filme teve algumas coisas a mais, inclusive em torno do Chicó. Na essência, são os mesmos personagens, mas a construção é outra.

E se a palavra de ordem é trabalho, Pigossi não se contenta só com o teatro. O ator estará em “Gabriela”, novela das 11 que estreia em junho.

— Começo a me preparar após a estreia da peça — conta Pigossi, que pouco sabe ainda sobre a trama: — Sei que seu nome é Juvenal e que vem de Salvador, onde fazia faculdade.

Mesmo sem descanso com o fim de “Fina estama”, Marco, que estudou Ariano Suassuna na época de escola de teatro e chegou a montar, em 2009, a peça “O santo e a porca”, tem ensaiado até meia-noite todos os dias para estreiar na sexta-feira.

— Não era o planejado, pretendia tirar pelo menos um mês para descansar, mas algumas oportunidades não se pode perder... (risos). Fazer Chicó é uma oportunidade dessas — diz o ator, que sobre a preparação para o espetáculo conta: — Estamos há mais de dois meses ensaiando diariamente, numa média de seis horas por dia. Acredito que teatro é repetição. Na peça, não teremos sotaque. Será neutralizado. O filme do Guel (com Selton e Matheus) não é bem o texto como o Suassuna escreveu. Ele foi adaptado, acrescentaram algumas coisas, inclusive outras peças do Ariano Suassuna, como “O santo e a porca” e “A pena e a lei”, e ainda outras fragmentos de idéias de outros autores. O livro é a peça. “O auto da Compadecida” é uma peça de teatro. Portanto li o livro, sim, e muito, até decorar!! (risos)

Fonte: Extra.

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