Marco Pigossi: "Emprestei ao Bento os meus sentimentos mais verdadeiros"


Na pele de Bento, Marco Pigossi promete arrebatar o coração dos mais românticos. Sensível, lindo e gente boa, o personagem é objeto de desejo de dez entre dez mulheres. No entanto, o ator assegura que estas não são as principais características do bonitão, que promete emocionar o espectador com sua história. "O mais bacana nele é a maneira como encara a vida. É tão humano, que está um pouquinho acima do comum e do real", conta o galãzinho. Sensível e romântico por natureza, o paulistano não precisou ir longe para entrar no universo do mocinho, e buscou nas próprias raízes a essência de Bento. Inclusive, em relação às plantas. Filho da florista Marines, ele cresceu vendo a mãe cuidar do orquidário, mas, só agora, depois de passar três meses em Holambra (a Cidade das Flores), no interior de São Paulo, estudando sobre o assunto, desenvolveu paixão pela coisa. Mas, apesar das semelhanças entre a ficção e a realidade, Pigossi brinca: "Bento é muito mais evoluído do que eu (risos)", compara.
Como você enxerga o Bento?
Ele é um realizador. É um cara que é extremamente proativo em função do bem social, do coletivo. Tudo o que ele toca, se ilumina, floresce... É um cara altoastral, vê a vida de uma maneira leve e simples. Bento é mesmo um personagem muito especial.

Algo da sua personalidade ajudou na composição do personagem?
Sempre tem isso. Na verdade, emprestei ao Bento os meus sentimentos mais verdadeiros. Meu processo de composição é mais ou menos o mesmo de sempre, muito solitário. Sou eu comigo mesmo. Sigo observando a vida, as atitudes, assistindo a filmes e lendo muitos livros. É assim que vou criando e construindo os meus personagens. Bento é tão humano, que está um pouquinho acima do comum e do real.

Você acredita que exista algum Bento na vida real também?
Acho que sim. Tenho observado que essas coisas de as pessoas pensarem no coletivo, no próximo, está voltando. Pelo menos, eu gosto de acreditar nisso. Não sei se é uma influência do Bento, que está em mim ( risos ).



Já tinha experiência com flor?
Muito pouco. A minha mãe tem um orquidário, que, quando eu era pequeno, via muito ela trabalhando, mexendo com flores e, principalmente, orquídeas. Mas nunca parei efetivamente para trabalhar com ela, colocar a mão na massa. O contato, de verdade, com as plantas veio com a novela, num estudo de três meses em Holambra, interior de São Paulo. Agora tudo virou flores. É muito engraçado! Elas são os meus animais de estimação.
Acha que o contato com as flores acendeu seu romantismo?
Até por ser ator, sou um cara com uma sensibilidade bem aflorada. Nem sei se é o romantismo em si, porque o romantismo tem vários sentidos. Sou romântico no sentido de querer acreditar nas coisas e extremamente sensível com relação às emoções. Gosto de conviver com todas elas.

Você se vê muito no Bento?
Não. Ele é muito mais evoluído do que eu (risos). Sou cheio de defeitos e problemas e ele não. O Bento soube lidar muito bem com tudo o que aconteceu na vida dele. Eu tive uma infância maravilhosa, a dele foi sofrida. Ele é um cara que tem uma vivência muito grande, que eu não tenho. Estou engatinhando perto disso.

Assim como Bento, que tem um amor de infância com a Amora (Sophie Charlotte), você já viveu algo assim?
Tive. Todo mundo tem! Mas, comigo, acho que aconteceu o que rola com cem por cento das pessoas. Você reencontra alguém do passado e acaba descobrindo que ela não é aquela pessoa que você imaginava... Nem o sentimento é mais aquele. O tempo muda tudo!

Trabalhar novamente com a Sophie (eles formaram par romântico em Fina Estampa, em 2011) facilita o entrosamento de seus personagens?
É uma delícia! Na verdade, é a nossa quarta novela juntos (eles fizeram também Caras & Bocas/2009 e Ti-Ti-Ti/2010) e o segundo par romântico. É muito legal! Sei que é repetitivo, porque acabo sempre falando isso, mas ela tira o melhor de mim e eu tento tirar o melhor dela.

O fato de dividir a responsabilidade de protagonizar a novela com mais cinco atores causa um alívio?
Não penso nisso. Só sei que o meu volume de trabalho aumentou substancialmente (risos).

E com tanto trabalho, está dando tempo para curtir a vida, namorar...?
Não (risos). Por isso estou solteiro. Tenho dó das pessoas que gostam de mim. Espero que elas me compreendam e entendam. Não existe vida realmente. Domingo, por exemplo, é um dia em que eu tenho que acordar cedo para estudar. É brabo (risos)!



Fonte:MdeMulher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário