Marco Pigossi corre em Brasília e conversa com o Finíssimo


No ar como Bento, um dos protagonistas da novela Sangue Bom, o ator Marco Pigossi deu um rasante em Brasília para participar da 1ª etapa do ano da corrida de rua Track&Field Run Series, realizada ontem no ParkShopping. Marco não fez feio e completou o percurso de 10km sem problemas. Só lamentou não ter tido tempo para conhecer melhor a cidade.
“Já vim algumas vezes a Brasília, mas é sempre corrido porque ou estou em turnê com algum espetáculo ou não saio nem do aeroporto. Mas quero vir com mais calma para conhecer a cidade”, afirma.
A julgar pelos fãs que o rodearam depois da corrida, Marco – que esbanjou simpatia e atendeu a cada pedido de foto e autógrafo com um largo e bonito sorriso no rosto – será muito bem recebido aqui. Confira abaixo os principais trechos da entrevista concedida por Marco com exclusividade para o Finíssimo.

Você terminou a corrida bem, sem se mostrar muito cansado. Já fez algum esporte, está acostumado a correr?
Antes de ser ator fui nadador profissional. Mas aos 17 anos tive que escolher entre o esporte profissional e os palcos. Acabei ficando com a segunda opção e fui estudar para ser ator. Como viajo muito com o teatro, a corrida acabou entrando na minha vida, pois é um esporte mais prático, mais fácil de conciliar. Sempre que viajo levo o tênis comigo e consigo dar uma corridinha.

Vamos falar agora de Sangue Bom! Seu personagem, o Bento, é florista e tem uma ligação muito grande com a música também. Como foi sua preparação para interpretá-lo?
Passei três meses em Holambra (cidade do estado de São Paulo conhecida como a capital das flores) e foi um período mágico. Pude aprender muito sobre as flores, desde o cultivo até a montagem de arranjos florais, passando pela colheita.
Além disso, pude entender também como funciona uma cooperativa, já que na novela o Bento gerencia uma. Quando estive em Holambra aprendi a gostar ainda mais das flores. Agora sempre tem flor na minha casa (risos)!

E a música?
Não vai dizer que eu sou cantor, hein (risos)! Por causa do teatro, sempre tive cuidado com a voz e tive aulas de preparação vocal, mas não de canto. Aliás, não gostei muito das minhas cenas cantando (risos). O violão eu aprendi a arranhar. Agora apareceu um piano no karaokê onde ele canta. É engraçado porque sempre teve piano na minha casa. Minha mãe e minha irmã tocam, mas eu nunca cheguei nem perto dele (risos).

Essa é sua sexta novela (além de Sangue Bom, Marco esteve em Gabriela, Fina Estampa, Ti Ti Ti, Caras e Bocas e Eterna Magia e nas minisséries Um Só Coração e Queridos Amigos) e conseguiu variar os perfis de seus personagens, já tendo interpretado mocinhos, vilões e feito comédia. Muitos atores reclamam que a televisão engessa o perfil do ator. Como você consegue fugir disso?
Primeiramente tendo sorte de os diretores me chamarem para personagens diferentes (risos). Mas essa versatilidade eu tenho por causa do teatro. É o palco que me sustenta e me dá bagagem para interpretar personagens diferentes. No teatro eu consigo desconstruir o Marco e entrar no personagem. Nele eu posso viver uma criança de cinco anos ou um velho de 80. Você viaja e o público embarca na nossa viagem.


E você também já produziu teatro, certo? Algo que o Bento também tem um lado empreendedor, de tocar a cooperativa. Como é estar à frente de um espetáculo?
Produzir um espetáculo é uma maratona. Fui produtor de minha última peça (“O olho azul da falecida”, do inglês Joe Orton) e é bem complicado. Tem muita burocracia no processo e tem muita coisa errada também. Faltam incentivos, mas falta, principalmente, transparência no produzir teatro no País.

Sangue Bom é a quarta novela em que você e Sophie Charlotte trabalham juntos e é a segunda como par romântico. Estar ao lado da mesma atriz ajuda? Como é trabalhar com ela?
Essa é a nossa quarta novela, mas nas duas primeiras nossos personagens nem se encontravam. Eram de núcleos diferentes. Ajuda bastante, principalmente porque eu e a Sophie somos muito parecidos na maneira de lidar com nosso trabalho. Levamos a atuação muito a sério. Temos uma parceria em que um ajuda o outro sem vaidade, sem querer aparecer mais. Esse contracenar é muito gostoso.

Agora puxando um pouco da novela para a vida real, o Bento vai topar ficar famoso para dar uma lição na Amora, personagem da Sophie. Como o Marco Pigossi lida com a fama?
Lido bem com a fama e adoro estar aqui com as pessoas me pedindo autógrafo e fotos, mas tento pensar que isso é a consequência de um trabalho que faço. Não é uma coisa vazia. Ser famoso apenas por ser famoso, que é o que a novela critica, não é legal. Tem que ter um propósito, um ideal ou um trabalho a defender. O Bento tem isso e a Amora, não.

Voltando às flores, elas serviram para incentivar seu lado romântico? Você é daqueles que mandam flores, é mais tradicional?
Sou romântico, sim, mas não no sentido de mandar flores (risos). Sou romântico na vida, sabe? Acredito em ideais e os defendo. Acredito na vida e em tentar fazer sempre o meu melhor.

Fonte: Globo.com

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