Entrevista no programa Pânico

NOVELA DAS 8
Emílio: Marco, como é fazer essa novela, que tem uma audiência assustadora, que é o principal da televisão e que todo mundo para para assistir?
Marco: É o carro chefe da Globo, né. A gente sente isso. Em duas semanas a gente já sente totalmente a diferença nas ruas. Porque eu vim de duas novela das 7 e era diferente. E essa novela tem ido bem, né? Estreou com uma audiência boa e, na quarta-feira agora, bateu o recorde, alcançou 47 pontos de ibope.
Emílio: Que é uma coisa assustadora. 47 pontos é metade do mundo assistindo.
Carioca: Marco, como é que é fazer essas cenas com a Sophie Charlotte? Porque eu to acompanhando alguns capítulos e você aperta a ela com pressão, amigo. E essa mulher é espetacular. E como é que faz ali, naquela situação? Porque ela é sensacional.
Marco: Cara, ela é uma excelente profissional, na boa. E nessas cenas é muita gente olhando, cara. É muita informação. “Um pouco mais para baixo. Um pouco mais para cima. Coloca a mão ali.” Daí você nem sabe onde você ta com a mão e o que está fazendo direito. E também volta várias vezes.
Carioca: Mas é bom ser uma menina daquela, não é mesmo?
Marco: Eu acho que sim. Ela é maravilhosa, ela é uma excelente atriz. Gente boa.

CARREIRA 

Emílio: Marco, quando é que você começou na Globo?
Marco: Cara, eu comecei na Globo em 2007. Fui fazer uma novela que foi um fracasso! Chamava “Eterna Magia”, uma novela das 6 que a Cássia Kiss era uma bruxa e foi na semana que o Papa veio para o Brasil e proibiu falar de bruxaria na novela. Só que esse era o tema principal. Foi uma loucura!
Silveirinha: Era aquela da Sandy?
Marco: Não, essa daí era “Estrela Guia” que foi antes.
Emílio: E você é carioca?
Marco: Não, sou paulista, moro aqui.
Emílio: E você foi para o Rio ou sempre fez teatro?
Marco: Sempre fiz teatro, comecei no teatro com 13 anos. Aí, com 17, eu estava em cartaz e um produtor de elenco da Globo me assistiu, eu tava fazendo Shakespeare na época, e ele me chamou para fazer em “Eterna Magia” e eu entrei. Aí eu fiquei só na televisão, em 2008 eu fiz “Queridos Amigos”, que foi uma minissérie, em 2009 eu fiz “Caras e Bocas”, onde eu era o Rosa Chiclete, o personagem gay.
Emílio: E agora você voltou para o teatro, com “As Eruditas”?
Marco: Isso, eu to com “As Eruditas” no teatro Brigadeiro. Uma peça de Molière com tradução do Millôr Fernandes que é toda em verso e rima. Uma peça interessantíssima.

SOBRE ATUAR
Silveirinha: Eu fiquei sabendo que você está fazendo psicanálise, é verdade?
Marco: É, eu faço.
Silveirinha: Por quê? Para melhorar o personagem ou para controlar a loucura da interpretação?
Marco: Cara, acho que um pouco dos dois! A psicanálise é interessante pro ator, porque é um auto-conhecimento. E você precisa conhecer as suas próprias emoções para você adquirir personagens e emoções diferentes. Então é material, material de ator, entendeu? A sua própria loucura, sua maneira de pensar, seu jeito de ser, podem servir como material para atuar.
Silveirinha: E quando você interpreta um personagem, você mente para você mesmo. Daí quando você fica com aquele personagem o tempo todo, e ele não transita 24 horas na sua vida?
Marco: Não, cara. Acho que existe uma distância. Mas às vezes acontece, você acaba pegando algumas coisas do personagem, sim.

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Fonte: Pânico

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